Confira algumas curiosidades sobre a Independência do Brasil:

📌 A Independência por Maria Leopoldina

Quando se fala em independência do Brasil a imagem que se tem é apenas de Dom Pedro I porém o  decreto da independência, na verdade, foi assinado por Maria Leopoldina, sua mulher. Isso porque em decreto de 13 de agosto de 1822 ele a nomeou como Chefe de Estado e Princesa Regente interina, já que precisava viajar à província de São Paulo para resolver as pendências políticas que poderiam inviabilizar ‘o grito’. Ao perceber a pressão da corte, principalmente depois que o marido se recusou a voltar para o país natal, Leopoldina tratou de resolver o imbróglio. Convocou o Conselho de Estado do Rio de Janeiro e assinou, em 2 de setembro, um decreto que declarava o Brasil oficialmente separado de Portugal. 

📌 Independência ou morte!

O que se falou exatamente em 7 de setembro de 1822, só quem estava lá sabe. Ao receber várias cartas no caminho entre Santos e São Paulo, Dom Pedro decidiu tomar a decisão de romper os laços do Brasil com Portugal. “O pomo está maduro, colhe-o já”, escreveu a Princesa Leopoldina.

Padre Belchior de Oliveira, conselheiro de Dom Pedro, estava lá em 1822 e no seu depoimento escrito, em momento algum, lembra-se do famoso “independência ou morte!”. Para o padre, Dom Pedro teria dito algo assim, “Nada mais quero com o governo português e proclamo o Brasil para sempre, separado de Portugal”.

Já o alferes Canto e Melo, irmão de Domitila, futura Marquesa de Santos, escreveu posteriormente que Dom Pedro falou em alto e bom som, “Independência ou morte! Estamos separados de Portugal!”.

A comitiva de Dom Pedro era pequena. No máximo, 14 pessoas e outra testemunha dos fatos, o Coronel Manuel Marcondes lembrou-se que o grito que ficou marcado para sempre, foi, na verdade, tirado de uma frase bem maior proferida pelo príncipe-regente. “Brasileiros! A nossa divisa de hoje em diante será Independência ou Morte! E as nossas cores, verde e amarelo, em substituição às das cortes”.

📌 O retrato do grito do Ipiranga

Independência ou Morte, também conhecido como O Grito do Ipiranga, é o quadro que retrata o momento único da ruptura entre Brasil e Portugal. Mas a pintura de Pedro Américo foi feita 66 anos depois da Independência (1888) e com muita dose de imaginação para recriar a história brasileira, quando ninguém mais estava vivo para contar como realmente tinha sido o cenário às margens do rio Ipiranga.

Há várias licenças poéticas na obra, inclusive o fato de substituir as mulas por cavalos de raça. Os guardas não estavam usando uma farda tão pomposa. Os Dragões da Independência só adotaram o uniforme da pintura mais de 100 anos depois.

Mesmo assim, o retrato oficial da nossa Independência passou a ser este, como se tivesse sido capturado no momento exato, às margens do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822. E pelo trabalho, Pedro Américo ganhou 30 contos de réis do Império brasileiro. Sinal de que sua idealização agradou em cheio o Imperador Dom Pedro II.

📌 Quanto custou a independência do Brasil?

Portugal reconheceu a Independência do Brasil no dia 29 de agosto de 1825, através do Tratado de Paz e Aliança. Entretanto, ficou decidido que o governo brasileiro deveria pagar uma indenização de dois milhões de libras esterlinas para que Portugal aceitasse a independência do Brasil.

📌 Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer nossa independência

Os Estados Unidos estavam com o lema "A América para os americanos", devido a Doutrina Monroe, e por isso defendia o direito à soberania das nações e era contrária a qualquer intervenção europeia no continente americano. Por esse motivo, eles foram os primeiros a reconhecer a nossa independência. Mas, havia um interesse por trás, eles queriam diminuir a influência inglesa e em obter vantagens comerciais.

📌 A Bandeira do Brasil Império: significado das cores

A bandeira imperial inspirou-se em modelos de bandeiras existentes nas tropas militares francesas durante os anos da Revolução Francesa. O verde representa a Casa de Bragança, de Dom Pedro I, e o amarelo representa a Casa de Habsburgo, de Maria Leopoldina. O verde também representava os dragões no brasão dos Bragança, e o amarelo representava a cor dourada nas armas da Casa de Habsburgo-Lorena. O brasão de armas do império foi criado por Jean-Baptiste Debret. O aro azul com 19 estrelas brancas representava as províncias brasileiras. A coroa imperial estava disposta sobre o escudo. Do lado direito, havia um ramo florido de tabaco e do esquerdo, um frutificado de café, os dois principais produtos agrícolas da época.