Exigimos respeito e um reajuste real digno!

Por Antônio Alves da Silva

Assim como a Ministra Tebet e o Ministro Fernando Haddad, agora o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto e outros economistas voltaram a falar sobre o plano de desvincular benefícios previdenciários da política de reajuste do salário mínimo.

Esses economistas, pessoas no alto de seus privilégios, não sabem o que é o Brasil de verdade. Fala-se muito em números, mas a realidade não se resume a tabelas e equações. A realidade está nas ruas, na casa de 39 milhões de aposentados, pensionistas e idosos, mas também pode ser seus pais, mães , seus tios, avôs que trabalharam a vida inteira para garantir uma vida digna e agora são assombrados por mais preocupação e medo. Querem propor mudanças justamente para parcela da população mais fragilizada e ignoram o impacto devastador de uma nova reforma. Onde está a justiça social? 

É hora de dizer basta! Basta à reforma da previdência que sacrifica os direitos dos mais vulneráveis para beneficiar os poderosos. Revoltante ver  Ministros, técnicos do governo que ao invés de pensar na população, que se comprometeram em defender o povo durante a campanha eleitoral, fazem justamente o oposto!

📢 Precisamos garantir aumento real, justo e digno para todas as aposentadorias do INSS, retomar o valor integral para as pensionistas! Isso sim é urgente e necessário para a dignidade do aposentado!

Toda vez que o governo tem problema de caixa, o primeiro discurso é a reforma da previdência. A Receita da Previdência Social precisa ser desvinculada do Orçamento da União para sabermos de forma transparente o quanto é arrecadado. 

A Previdência Social foi superavitária por muitos anos, confirmado inclusive pelo relatório final aprovado pela CPI da Previdência. De 2000 até 2016 a Previdência gerava um superávit na média de R$ 50 bilhões/ano, com acumulado superior a R$ 1 trilhão de reais de superávit, segundo a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip).

O Governo aponta um rombo na Previdência Social na ordem de R$ 326 bilhões para 2024. Como é possível apontar um déficit nas contas se há sucessivas retiradas de valores por meio da Desvinculação de Receitas da União (DRU) nos últimos 15 anos, desoneração da folha de pagamento e o uso do dinheiro da previdência para negociações com o Congresso Nacional.

📢 Por isso se faz urgente definir o financiamento da Previdência e definir o Fundo Previdenciário que será composto por: Governo, Trabalhadores, Empregadores, PIS, PASEP, COFINS, prognósticos de loteria e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL que já compunham o orçamento da Seguridade Social.

📢 O Fundo Previdenciário precisa ser independente, transparente e auditável nos moldes do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) com Administração quadripartite na Previdência Social (trabalhadores, empregadores, aposentados e Governo), com poderes deliberativos.

📢 Além disso, a União precisa devolver à Previdência os valores que desviou para outros fins ao longo das décadas. Na prática, se devolvesse tudo, a Previdência estaria superavitária por anos!

Fica muito fácil fazer política retirando dos mais pobres! Estamos indignados, revoltados, é cruel!

Sabemos que esses assuntos quando começam ser veiculados na mídia é sinal de atenção e a FAPESP segue vigilante, trazendo a verdade, atenta para garantir as aposentadorias e benefícios com dignidade e justiça! 

Onde estão as lideranças dos aposentados para mobilização e ação?

📢 APOSENTADOS EXIGEM RESPEITO!